Olá queridas! Salve Maria!
Continuando nosso série de posts sobre o livro "As pequenas virtudes do lar", hoje nos aprofundaremos em uma nova virtude. Todo esse livro é uma riqueza,
mas confesso que essa virtude em especial é umas das que mais me tocou. Isso
porque, é uma das que eu mais preciso crescer, com certeza!
Só de ler o seu título, pode ser
que você tenha pensado que isso é um exagero, “como assim passar desapercebido?”,
até porque certamente você tem qualidades para ser valorizadas. E eu não estou
duvidando disso, de fato, cada um de nós tem características e qualidades
única, porém é importante lembrar que todos os talentos e qualidades
individuais que temos não é por mérito próprio, mas por graça de Deus. E Ele
nos concede essas características únicas não simplesmente porque somos super legais
e merecemos algo, mas para que sejam usadas a serviço do outro.
Essa pequena virtude nos ensina
que devemos sim exercer nossos talentos, porém sem buscar qualquer mérito por
isso. Nas palavras do próprio autor “Longe de nos aniquilar, obriga-nos, pelo
contrário, a fazer render ao máximo das nossas qualidades naturais, a pôr-nos
na primeira fila à hora de agir; mas, depois de termos agido o melhor que
tenhamos podido, obriga-nos também a não nos darmos importância"
O próprio Cristo no ensina
repetida vezes no Evangelho que devemos tomar uma atitude serviçal, para sempre
escolhermos o último lugar a mesa; servir ao próximo. Se Ele, que é Deus feito
homem, veio para servir e não para ser servido, que dirá nós então? Praticar
essa virtude no nosso lar é esforçamo-nos constantemente em entregar o nosso
melhor ao outro, sem buscar qualquer elogio, qualquer reconhecimento, mas fazer
isso por amor. Ao invés de utilizarmos o princípio do "Primeiro eu",
usemos o "Primeiro eles".
Há quem diga e os serviços que
prestamos nas nossas casas, são ingratos, pois fazemos constantemente e ninguém
nunca os reconhece, ou no agradece por eles, mas aí é que está a beleza de
passar desapercebido. Nossa felicidade deve estar no bem-estar da nossa família,
e não em receber uma estrelinha por ter feito uma coisa bem-feita.
E talvez você pense "Nossa,
mas se eu fizer tudo pelo outros, quem vai pensar em mim? Quem vai fazer algo
por mim?". É até compreensível que você pense assim, mas veja que esse
tipo de pensamento é a nossa vaidade falando mais alto. A nossa natureza caída
não admite que não ganhamos algo em troca das nossas ações, mas a prática dessa
virtude está em justamente fazer as coisas sem esperar qualquer tipo de
recompensa. E é claro, que eu sei que não é fácil, mas é um exercício
constante.
Outro ponto importante de
ressaltar é que, a beleza dessa e de todas as pequenas virtudes que iremos
analisar, é que elas são o componente de um lar cristão, onde todos se esforçam
para praticá-las, logo, todos estão a serviços uns dos outros, e ninguém fica
desamparado! E se você me disser que na sua casa as pessoas não são assim,
comece por você essa mudança. Mais do que palavras, o que mais influencia os
outros são as nossas atitudes, não é à toa que dizem que o exemplo arrasta. Se
você começar a praticar esse e todas as demais virtudes, certamente sua família
vai começar a te retribuir com as mesmas atitudes. Além disso, se você ama a
sua família, eu sei que trará grande alegria ao seu coração saber que você faz
a vida deles melhor; não deixe que o seu egoísmo destrua isso!
Algo que pode te ajudar nesse
processo, é meditar sobre a infância e todos os anos de vida oculta de Cristo e
da Sagrada Família. A vida pública de Jesus começa aos 30 anos; antes disso Jesus
tinha uma vida extraordinariamente comum, em uma casa simples com seus pais;
trabalhando na carpintaria de São José, sem luxos, sem reconhecimento, sem
fama, apenas o cotidiano de uma vida simples. E mesmo depois de iniciar sua
vida pública, nunca buscou o prestígio; não permitia que os demônios falassem
quem Ele realmente era e quando operava um milagre, pedia que não falasse sobre
o que tinha feito.
Esse é o Nosso Deus, e é esse o exemplo que Ele nos ensina! Que nos nossos lares, mas também fora deles, possamos cada vez mais no assemelhar a Cristo, entregando o nosso melhor de nós ao outro, por amor e não por vaidade!
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